E sem dar por isso já estamos no Pulo do Lobo. A paisagem é agreste, brutal mas maravilhosamente bela, como todas as paisagens ainda virgens. E a água do Rio Guadiana que sentindo-se apertado entre as margens comprimidas, zanga-se, barafusta e sai com um grande estrondo que nos assusta, mas também nos seduz, extasia e nos esmaga com a sua beleza selvagem. A última vez que estive no Pulo do Lobo foi, à sombra da árvore que na primeira foto aparece caída, que fizemos o almoço. Foi com mágoa que a vi assim, caída no chão, arrancada pela raiz.Das grutas escavadas nas rochas, uma há, de difícil acesso, a que só se atreviam noutros tempos aqueles que faziam do contrabando a sua profissão. Dizem, pois nunca me atreveria a descer até lá, que as águas do rio escavaram e moldaram toscos bancos de pedra dizem até que uma das rochas que se assemelha a uma mesa, é a chamada “Sala dos Contrabandistas”, quanto a mim é a mais uma vez a natureza a ajudar os humanos.
domingo, setembro 24, 2006
O Pulo do Lobo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
conheço e é muito bonito, tal como serpa.
conheço e é muito bonito, tal como serpa.
Obrigada, para mim, além de bonito é um sitio mágico onde qualquer ser humano se pode encontrar consigo próprio e com as grandes forças da natureza.
desejo um bom fim d semana
Obrigada, desejo-te também um bom fim de semana, eu, já que não vou ao Alenteja vou colocar mais uma fotos no blogue é a minha forma de matar saudades.
Adoro o Pulo do Lobo.
Em especial, no inverno, quando o Guadiana tem (tinha) um forte caudal.
Sentimo-nos noutro mundo.
Pena que o acesso, por ambas as margens, seja um pouco escabroso.
Mas compensa...
Se o acesso fosse alterado pela mão do homem e refiro principalmente o acesso por Serpa não seria o mesmo Pulo do Lobo. Tem de ser assim selvagem, brutal, para continuar a dar-nos aquela maravilhosa sensação de irreal que nos submete e esmaga.
Um local mágico de encontro com a natureza... Só podia ser na SERRA de Serpa.
Enviar um comentário